O show de Toquinho e João Bosco... E outras coisitas mais...



Ontem fui num show de Toquinho e João Bosco... Bom, eu gosto um tanto de Toquinho, gosto das músicas dele e, principalmente, gosto dos causos que ele gosta de contar entre uma música e outra. Ontem mesmo ele me deixou bem feliz com uma história nova! Pois bem, digamos que eu tenho uma nova inspiração na minha vida: Dorival Caymmi. "Por que?" talvez você esteja se perguntando... Pois bem, leia mais ou menos o que Toquinho contou a seguir:

Disse Toquinho que ele, Dorival Caymmi e um jornalista amigo deles estavam saindo de um show no canecão, até que o jornalista perguntou:

- Caymmi, qual o tempo que você demora mais ou menos compondo uma música?

Dorival Caymmi respondeu:

- Bom, depende. A última que eu compus, por exemplo, eu demorei 9 anos e meio. Eu gosto que as palavras cheguem até mim naturalmente.

Depois desta estória, você já sabe porque elegi Caymmi como minha nova inspiração... Minha estória mais antiga é minha Fic de Sirius, e ela só tem 8 anos (eu comecei a escrever mais ou menos em maio 2004). E ela deve ter umas 20 páginas aceitáveis. De certo, não terminarei ela até seu aniversário de 09 anos, mas considerando que é uma Fic, muito maior que uma letra de música, e considerando que eu não tenho a genialidade de Dorival Caymmi, acho que o tempo que eu gastei nesta fic é até baixo considerando tudo.

Meu projeto atual, um roteiro de um Conto de Fadas para ser desenvolvido por Rob é um infante. Não tem nem um ano ainda (considerando que a estória de reativação – fracassada, I might add – do Desafio Redatores foi no mês de Maio de 2011) e por isso as palavras ainda não estejam vindo com tanta facilidade para mim ainda. Mas espere nove anos, e garanto que teremos algo interessante em mãos... Isto é, se Rob não tiver me assassinado até lá.

Voltando pro show, Toquinho tocou as músicas dele que eu mais gosto – Aquarela, O Caderno, Tarde em Itapoã, Que Maravilha – Mas a verdade, é que as vezes eu desconfio que ele não faz música nova a uns bons 20 anos. Além do mais, apesar dos causos terem sido ótimos, ele cantou uma versão acelerada de Aquarela que honestamente me irritou. Concordo com sir Paul, os fãs gostam das músicas em sua forma original. Se você quer fazer uma versão, é melhor você usar sua criatividade e criar uma música nova logo. No mais, chorei uma barbaridade em O Caderno, como sempre… What the hell is wrong with that song anyway? Eu não consigo escutar sem chorar!

Pois bem, o show foi assim: Toquinho tocou umas músicas dele, depois ele chamou João Bosco e eles cantaram uma música juntos. Aí ele foi embora e João Bosco cantou umas músicas. Aí Toquinho voltou e eles cantaram outra música juntos. Eles foram embora, a plateia – muito da preguiçosa by the way – pediu um bis e eles voltaram cantaram mais uma de João Gilberto e aí acabou. Afinal, a tal plateia preguiçosa nem sequer se esboçou pedir outros bis.

Em defesa da plateia, o show foi fraco mesmo. Primeiro, era um show duplo, mas os dois basicamente não tocaram juntos. E o repertório foi meio de show de namorados sabe... Principalmente na parte de João Bosco. Ele não tocou nenhuma música divertida dele e nem aquela de O Astro, que fala que precisa ir ao dentista. Ele só cantou as românticas, aquelas cheias de lerê-lerê-ai-ai-ai-ai-lerê-rerelê-ai-ai-ai... Enfim, músicas de João Bosco, João Bosco mesmo. Ou seja, na minha opinião, as músicas chatas.

Ok, não sou nenhuma fã de João Bosco. Gosto, se muito de quatro ou cinco músicas : Kid Cavaquinho, Incompatibilidade de Gênios, Miss Suéter, essa de O Astro e mais aquela São Dois pra Cá e Dois pra Lá. O meu problema com ele é que eu acho que ele mesmo estraga as músicas dele com aquele excessivo lerê-lerê dele. As vezes fica até parecendo que ele esqueceu a letra e enquanto ele não tá lembrando ele vai enrolando...

Mas, o show de João Bosco teve lá seu lado positivo: tive uma ideia brilhante (Rob provavelmente não concordará comigo nesta)!!! Bom, enquanto João Bosco cantava Corsário eu lembrei daquele livro O Corsário Negro. Eu nunca li O Corsário Negro, então na verdade eu não faço a menor ideia do que se trata. Sei que provavelmente é sobre um Corsário... Talvez negro... Mas como o livro infanto-juvenil de O Corsário Negro que tem aqui na minha casa, tem um homem branco na capa, eu deduzo que ele seja O Corsário Negro porque ou o navio dele tinha velas negras ou porque ele usava trajes preto (na capa do livro a roupa do cara é preta), ou ainda seja um livro de título politicamente incorreto e seja sobre um corsário de hábito e ações duvidosas (como ele era um pirata é bem provável, que essa última opção não esteja de todo errada).

Pensar em O Corsário Negro, ou no tão pouco eu sei sobre o livro, me fez lembrar de outros livros que já passaram maus bocados comigo e com outras pessoas por causa de seus títulos. Quando eu era pequena o Apartheid está muito em voga, então pra mim, Orgulho e Preconceito era um livro sobre a história da relação dos Brancos e Negros na África do Sul. A mulher do Saia Justa, Tati Ribeiro, estava dizendo que o pai dela era agrônomo, aí um dia ele deu pra ela O Apanhador nos Campos de Centeio e ela passou um bom tempo sem ler o livro porque ela achava que era um livro de agronomia, sobre trigo ou algo do gênero.

Aí eis minha ideia muito boa pro Desafio Redatores (ou melhor prum Desafio pra mim e Rob) ou prum Desafio Pessoal: pegar um título interessante de um livro que a gente nunca leu e bolar uma história (Rob deve estar pensando: ‘muito bom seria essa Vaca escrever o roteiro que ela me prometeu’). Eu comecei a pensar numa história para O Corsário Negro. Dividirei ela no próximo post, afinal neste aqui, pois pra variar eu já escrevi demais!

Outros fatos: Hoje empatei George Clooney com o infame Ray Donn na quantidade de filmes assistidos no Listal... Meta: Um dia conseguir tirar Ray Donn (inclusive descobri que ele também subiu na lista este ano. Ele “atuou” em Sherlock Holmes 2) da minha primeira pagina de atores do Listal. Possibilidade de Sucesso para alcançar a meta: baixíssima, mas considerando que até o momento ele só “fez” 37 filmes, pode ser que um dia eu consiga.

Você pode estar se perguntando: E afinal, quem é Ray Donn? Pois é, eu também não sei, apesar de aparentemente ter visto 22 filmes com ele!

Frase do Dia: “A última (música) que eu compus, por exemplo, eu demorei 9 anos e meio. Eu gosto que as palavras cheguem até mim naturalmente” – Dorival Caymmi

Vídeo do Dia (substituindo hoje A Imagem do Dia): Para quem não conhece a música: O Caderno, aka, a música de Toquinho que me faz chorar. E aí, deu vontade de chorar ou só sou eu mesmo? Tirando pela plateia ontem, só sou eu mesmo...

Música do dia: Em homenagem ao show de ontem, a música que Toquinho e João Bosco no Bis e que eu gosto muito – Chega de Saudade, de João Gilberto

PS.: Eu não estou fingindo que não percebi que tem exatamente um ano e um dia que eu não publico neste blog, mas desta vez não quero fazer aquelas promessas vazias de que publicar não-sei-quantos posts por mês. Sejamos mais Dorival Caymmi e deixemos as coisas acontecer naturalmente. Ahn, e hoje não tem mood porque eu não consegui colocar a imagem alinhada com o texto...

Comments

Rob said…
¬¬ Faço minhas as suas palavras (14º parágrafo). O guri veio dormir aqui e a noite não deu para ler os posts. Não fique ressentida. Hoje lerei o outro. Bj

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